segunda-feira, 20 de abril de 2009

Doces deletérios...

Desculpas aceitas e obrigada pela sinceridade (antes tarde do que nunca).
Quero que saiba que eu torço muito por você e espero que você seja muito feliz.
Uma pena mesmo você ter decidido me informar sua decisão por e-mail. Mas, se começou dessa forma, porque não acabar?
Espero que um dia possamos nos encontrar novamente pra começar, de repente, uma amizade.
Obrigada por tudo e desculpa qualquer coisa.
É isso aí, boa sorte com seu tcc, seu trabalho e tudo o mais...e se cuida!

Grande beijo.

PS: Tenho vontade ainda de insistir e não deixar você fazer isso. Mas eu te falei que se você me dissesse “não” eu entenderia, não insistiria, aceitaria e não correria mais atrás, certo? Pois bem, com muito pesar, cumprirei minha palavra.
Tente se deixar envolver mais por esse "sentimento bom" e não faça de tudo pra perder quem gosta tanto de você. Se entregue, às vezes pode valer muito a pena. Corre-se um risco, mas só se sabe, se tentar.
Enfim, você é uma pessoa muito importante pra mim. Sempre foi e sempre será.
Tenho muito e nada pra te dizer ao mesmo tempo. Então, antes de falar besteira, vou parar por aqui. (Mentira, não vou não! E porque o medo de falar besteiras? Mais do que já falei outras vezes? E agora também não tenho mais nada a perder, então vamos lááá....)
Desculpa a demora pra responder, não queria escrever nada de cabeça quente, precisei me acalmar primeiro.
Acho que só eu (e só eu mesmo, ninguém mais, nenhum amigo, nenhum conhecido, nenhuma pessoa de fora, nenhum analista, nem mesmo o meu horóscopo e pior, nem você) acreditava nesse relacionamento. É, acho que eu sou uma boba otimista mesmo, mas eu realmente acreditei, tive certeza. Azar o meu, caí do cavalo. Você quebrou as minhas pernas, só pra não perder o costume.
Isso tudo começou errado, começou confuso, sem equilibrio. Agora era a hora mesmo, ou deslanchava de vez, ou acabava. Em termos menos delicados, “Ou fode ou saí de cima”.
Você ainda está me devendo um banho de chuva. Tirar o time de campo não te livra de certas obrigações não, viu mocinho? Hahaha...=P Tô brincando, só pra descontrair esse clima meio tenso.
Vou sentir falta dos nossos emails, dos planos que eu tinha feito pra nós e (pasme!) até mesmo das suas grosserias difíceis de entender. Sentirei falta também do seu jeito sem graça de não conseguir brigar ao telefone e de esperar os encontros aos domingos que nunca vão acontecer.
Vou sentir falta também das nossas conversas xoxas no msn logo pela manhã e de te mandar mensagem só porque a lua está bonita.
Vai doer não poder sorrir com o canto dos lábios ao ler qualquer notícia que envolva o mar só por saber que você está pertinho dele.
Vai ser difícil não ter em quem pensar nas aulas de semiótica e não ter pra quem mandar emails na aula de planejamento.
Ir ao cinema talvez passe a ser a pior parte. Ou sentar em qualquer banco do shopping higienópolis, dar uma passadinha no “Black Horse” aqui em alphaville, refazer as luzes no cabelo ou pintar minhas unhas de vermelho.
Vou ter que dar um jeito de não ir em nenhum aniversário em santos (vai que eu fico bêbada e resolvo ir atrás de você, a pé? Hahhaahaah), tentar recuperar o dinheiro que gastei com o torneio do meu irmão (nem vou te xingar por isso, eu sabia o risco que eu corria ao tomar essa decisão, não me arrependo) e desmarcar as viagens até aí que eu tinha marcado com uma amiga e o namorado dela (ela tem casa no Guarujá, já estava tudo esquematizado, mas enfim...tomar um sol segurando vela acho que também não vai me fazer grandes males).
Não me arrependo de nada que falei, nada que fiz e nada que tentei. Olhar pra trás e saber que eu fiz tudo o que estava ao meu alcance e que faria muito mais é o que mais me conforta, por mais irônico que seja (afinal, nadei e morri na praia).
Não é o fim do mundo. Nem pra mim e muito menos pra você. Nossos caminhos se cruzaram de novo e se tiver que se cruzar pela terceira vez, tenho certeza que acontecerá. Mas também não sou idiota o suficiente a ponto de me fazer sofrer muito e muito mais. Então, não vou esperar que isso aconteça.
Pela segunda vez na vida tive a certeza que você era sim a pessoa certa pra mim, mas se for mesmo, tenho certeza que te encontrarei, querendo ou não, mais uma (ou algumas, ahahahahah, vai saber) vez.
Não sei quais foram os seus motivos pra me tratar da maneira como tratou (como você citou no e-mail) e nem sei, na verdade, se quero saber. Mas peço que me desculpe se alguma atitude minha te fez titubear.
O engraçado é que eu já sabia dessa sua decisão há muito tempo, mas ficava me enganando, me iludindo, achando que podia não ser bem assim. Enfim, teu e-mail me chocou e doeu da mesma forma que chocaria e doeria se eu não esperasse por isso nem em sonho.
Eu te machuquei, você me machucou. Pelo menos, dessa forma, sei que da minha vida você não sai mais. Carrego um pouquinho de você e tenha certeza que você também carrega um pouquinho de mim.
Bom, esse e-mail já está ficando dramático demais até pra mim! Parece que estou me despedindo de você pra nunca mais.
Tenho certeza que somos pessoas civilizadas e, dessa vez, não haverá necessidade de grandes cortes. Eu, pessoalmente, não vou te excluir de absolutamente nada. Nem de msn, nem de orkut e muito menos o telefone.
Mas isso não quer dizer, de maneira alguma, que vou falar com você como se nada tivesse acontecido, que vou te mandar e-mails com notícias interessantes e que vou te mandar mensagens quando a lua estiver bonita (ou quando eu estiver bêbada e ouvir uma música que faça muito sentido).
Preciso de um tempo. Tudo isso está doendo muito. Fazia muito tempo que eu não me deixava envolver dessa forma e não me deixava cair também.
Pois bem, você mexeu comigo, você me despedaçou e está doendo. Não me arrependo e faria tudo de novo, mas está doendo. E eu preciso de um tempo pra conseguir respirar sem doer de novo. Preciso voltar ao meu estado normal e não ter um desejo absurdo e quase que incontrolável de matar todo e qualquer casal que aparece na minha frente.
Preciso parar de te enxergar em toda música, em todo filme e em todo livro.
Preciso me cuidar e conseguir comer qualquer alguma coisa que não seja maçã (emagrecí 5 quilos desde a última vez que nos vimos). Preciso voltar a sentir gosto no chocolate e não sentir mais dor de estômago toda vez que o meu celular vibra e não é você.
Tá, estou fazendo tempestade em copo d’água. Mas está doendo, o que eu posso fazer? Eu ia me limitar a escrever até o que escreví antes desse “PS” gigantesco, mas esse pode ser o último e-mail que eu te mando na vida. Não posso perder a oportunidade de te contar tudo o que estou sentindo.
Aliás, acho lindo deixar a pessoa saber a importância que tem. O fato de eu te dizer tudo isso que estou passando vai ser motivo de repulsa para muitos amigos meus que me dirão que você não merece ouvir, em suma, que foi amado. (Acredite, muitos amigos meus saberão, pois descobrí que não posso passar por isso sozinha, dói demais.). Mas eu acho que você tem todo o direito de saber tudo isso e não me importa se você merece ou não, isso não cabe a mim julgar. Preciso que você saiba, você tem que saber. Eu amei você.
Obrigada por isso. É bom saber que eu ainda sei sentir isso. O que me dói mais é imaginar que eu quis te perder a tempos atrás e, hoje, eu faria tudo de uma maneira muito diferente. Mas não posso mudar o que já foi e se estou colhendo o que plantei, o azar é meu e eu espero que sirva de lição. Uma coisa é fato, esse erro, eu NUNCA MAIS repetirei.
Espero que os danos que eu te causei tenham sido reparados e espero conseguir reparar o que você me causou. Eu te procurei e não me arrependo. Não me arrependo de ter te convidado para um “café em minha casa”, não me arrependo de não conseguir comer pêssego por um bom tempo e me arrependo menos ainda de ter insistido quando você me disse “não” pela primeira vez. Só não insisto agora de novo porque não quero que você me odeie e se encha de mim (mais do que já se encheu) e não estou a fim de me humilhar mais um pouquinho.
Desculpa pelos meus erros, pelas minhas cobranças, pelos meus textos longos e pelo desejo absurdo de ter você custando o que custasse.
Obrigada pela paciência, pelas visitas, pelos carinhos, pela verdade no olhar, pelos e-mails apaixonados, pelas quebradas de perna e por fazer minha vida ganhar mais sentido nesses últimos tempos. Obrigada pelo sofrimento também, é mais uma forma de crescer, aprender e superar.
Não consigo te dizer “me esquece, não me procura mais” pelo simples fato de eu não querer que você me esqueça e querer muito que você me procure muito, mas muito, mais.
Como te falei no começo dessa doidera toda, não quero te perder. Não quero perder a sua pessoa. Se o jeito for ser sua amiga, então que venha essa amizade, mas preciso de tempo. Preciso me recompor.
Isso não vai demorar mais três anos não! Ahahahah Mas sei lá, acho que a nossa história é muito bonita, muito sofrida e muito, muito apaixonante.
Esse e-mail ficou um tanto quanto mais longo do que eu gostaria. A minha intenção era a de não responder e sumir por uns tempos. Afinal, não sabia também o que responder. Quando alguém te diz “decidí que não quero”, você responde o que? “OK.” ? ? “Tudo bem então, valeu aí, hein!” ? ? “Vai tomar no meio do seu cu, idiota frio, racional e sem coração!!!” ? ? hahahahaha éé, pode até ser, acho eu!
Mas gosto de você demais e queria só mesmo que você soubesse o que eu sinto. Sem cobranças, sem pedidos, sem promessas, sem nem maiores esperanças...só a informação mesmo, só o relato do sentimento, só isso.
Não se assuste não, acho que muito de tudo isso você já sabia. Só precisava colocar pra fora, só precisava ter a certeza de que você sabe. Uma tentativa egoísta mesmo de conseguir, assim, seguir a minha vida.
É doído desejar que você seja feliz mesmo se eu não for parte dessa felicidade, mas eu quero mesmo que você seja feliz e que conquiste seu espaço ao sol. Sei que você ainda tem muito pra onde crescer e eu acredito em você e no seu futuro. Espero que seus sonhos e planos deem certo e que um dia você tenha vontade de me ligar só pra me contar as suas conquistas e as suas vitórias.
Credo, estou sentindo que acabei de te dizer “adeus” de novo. Mas acho que não é isso não, o mundo dá muitas voltas. Queria até deixar essa história mal-resolvida mais uma vez, só pra gente ter o que resolver daqui a 3 anos! Ahahahah
Mas não sou mais uma menininha confusa de 16 anos que acha que o mundo está em suas mãos e que os seus desejos serão realizados quando ela bem entender. Tenho maturidade o suficiente pra te dizer “ok, entendí o recado, não precisa dizer mais nada”. Mas, como você mesmo diria, a essência não muda. Então continuo sendo a mesma menininha confusa de 16 anos que acha que tem o mundo nas mãos, imatura o suficiente pra deixar uma dúvida no ar, uma indagação que vai sempre ser como uma cosquinha atrás da orelha se perguntando: “E aí, essa história acaba MESMO por aqui? ?”
Perguntinha difícil. Eu não sei, você não sabe e só o tempo vai poder nos dizer.
Não quero ser uma tola cheia de esperanças sem fundamento. Mas também não quero ser fria e racional.
Talvez não seja assim tão fácil e, talvez, assim seja melhor. Talvez cada um reme pra um lado. Mas os mares que te cercam, talvez sejam iguais aos meus.
Acima de qualquer coisa, tenho um carinho enorme por você. Estou aí pro que vier e quero que venha o que for melhor pra mim e o que for melhor pra você. Quero que venha o que for melhor pra NÓS.
Agora acho que chega, né? Já deu pra entender.
Apesar de tudo, valeu a pena pra mim.
Desculpa pelo e-mail mais longo da face da terra. Espero que você tenha tido paciência de chegar até aqui.
Se teve, muito obrigada pela atenção!
Beijos

A.

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